Encontro Brasil – Alemanha 2014

Escrito por Ingo Ploger em .

Visões e Revisões

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

A Alemanha na Economia Brasileira:

O comercio Brasil Alemanha – do Tratado de Comércio de 1827 à

Comissão Econômica Brasil Alemanha

O ano de 1827 foi um ano marcante para o Brasil e a Alemanha. O Brasil se encontrava em situação beligerante com as forças  Argentina- Uruguaias, o ano no qual a Inglaterra reconhecera a independência do Brasil, mas para isso exigiu a renovação do Tratado de Comercio e Navegação por mais 15 anos. 1827 foi o ano em que D. Pedro I proclamara o Ensino de Primeiras Letras no Brasil, criou o Observatório Nacional, que atraiu muitos cientistas na época e na sua historia, tendo inclusive a presença de Albert Einstein em 1925.

1827 foi o ano da criação do Jornal do Commercio, o mais antigo jornal da América Latina ainda em circulação. Este jornal noticiava as transações comerciais de importação e exportação, os preços, e as noticias do setor marítimo.

Três anos antes do tratado de 1827, em 25 de julho desembarcavam em S. Leopoldo, 39 imigrantes de origem alemã, para se fixar na antiga Real Feitoria Linho- Cânhamo. No mesmo ano outras imigrações ocorreram em São Paulo eram na maioria técnicos industriais, comerciantes, professores, sacerdotes, e se estabeleceram em Parelheiros, nome dado devido às corridas de cavalo        ( parelhas) entre brasileiros e alemães.

Os alemães sempre tiveram uma grande afeição institucional. Esta dentro de sua índole a criação de instituições de toda a natureza e muitas vezes duplicando suas atividades em competição. Assim também foi o que aconteceu com os imigrantes alemães no Brasil. Além de Clubes e Sociedades Beneficentes, algumas delas com mais de 150 anos, fundaram Câmaras de Indústria e Comercio em São Paulo, Rio e Porto Alegre em 1916.

O Império dava aos alemães imigrantes a possibilidade de se estabelecerem para darem inicio as suas atividades comerciais, assim Bancos, e Representações Comerciais iniciaram suas atividades a partir de 1850. Theodor Wille, Coutinho Caro entre outros foram as referencias da época. Mas empresas como a Siemens, Bayer entre outras iniciaram suas atividades no Brasil, desenvolvendo o sistema de comunicação por telégrafos ou na área da saúde. Algumas empresas menores, também iniciaram suas atividades como a Editora Bühneds, que depois se transformou na Weiszflog Irmãos e ate hoje permanece como Cia. Melhoramentos de S.Paulo que continua a editar os livros infanto juvenis e dicionários por mais de 125 anos, da qual me orgulho ser um dos descendentes na terceira geração. Empresas de navegação como a Hamburg Süd, fundada em 1871,  que iniciou suas atividades fazendo o transporte marítimo entre a Alemanha de então com o Brasil.  Intercambiavam mercadorias e serviam de ponte marítima entre o Brasil e a Alemanha.

As Câmaras Alemãs no Brasil exerceram forte influencia na relação entre os países,  desde sua criação. Vários fundadores das Câmaras também foram fundadores de Associações Comerciais, Federações de Indústrias, onde antes de defenderem os interesses de seus países de origem defendiam os interesses empresariais. Foram as Câmaras que souberam construir por duas vezes as pontes do pós-guerra entre o Brasil e a Alemanha por sua condução pragmática e por suas lideranças brasileiras muitas delas de origem alemã.

Ernesto Diederichsen foi um dos fundadores das Câmaras no Brasil, parceiro da Theodor Wille e uma das famílias fundadoras do grupo Villares, que em função da primeira guerra mundial fundou a Câmara Brasil Alemanha em S. Paulo para manter as relações comerciais entre os dois países, pelo embargo posto pelos aliados. Entre os fundadores se encontravam também os irmãos Weiszflog ( atual Melhoramentos), Bromberg ( depois Brosol), Zerrener (depois Antártica).

Esta iniciativa se tornava importante porque a Alemanha representava a segunda economia, depois dos EUA, para as exportações e importações brasileiras até o inicio do século 19.

A indústria seguia o comercio.

A intensidade do crescimento brasileiro fez com que vários industriais brasileiros de origem alemã, buscavam em seus países de origem suas máquinas, equipamentos e seus processos industriais. Assim a indústria alimentícia, elétrica, papel e celulose iriam buscar suas maquinas na Alemanha. O último ano de paz, em 1938 a Alemanha representava o principal fornecedor do Brasil com 25% das importações brasileiras.

Já neste período o transporte evoluiu do marítimo para o aéreo, desde os hidroaviões até o Zeppelin. A formação da Lufthansa criada pelo Sindicato Condor se deu logo após a criação da VARIG pelo então imigrante alemão Rubem Berta.

Após interrupção na segunda guerra mundial a Câmara retomou suas funções em 1948, sob a presidência do brasileiro João Batista Leopoldo de Figueiredo. Novamente o comercio entre o Brasil e a Alemanha tomaram dimensões de força e volume. Com a industrialização do Brasil, pela sua indústria de aço e logo depois da indústria automotiva, com a vinda da VW, pelas mãos de Juscelino Kubitscheck, o Brasil retomou a atenção dos industriais alemães.

Willy Brandt e Emílio Garrastazu Médice em 1972 assinam um instrumento de consultações governamentais, periódicas, criando a Comissão Mista de Desenvolvimento Econômico Brasil Alemanha ( denominada depois somente como Comissão Mista) que se reuniria uma vez por ano, alternadamente em cada pais. Era o ano, no meio da guerra fria, onde o telefone vermelho se mantinha ligado para impedir uma terceira guerra mundial. Instrumentos de consultações eram criados para reduzir animosidades e retaliações e possibilitar incrementar melhorias sucessivas nas relações. Neste ano fora assinado o Tratado entre a Alemanha Ocidental e Oriental, a Alemanha passava por uma terrível experiência de terrorismo nas Olimpíadas de Munique, e o Brasil se encontrava no meio de seu milagre econômico, com crescimentos altos, investimentos em infraestrutura, e desenvolvimentista, com um consumo crescente em automóveis, geladeiras etc. sob um regime autoritário de orientação militar. Em 1972 o Brasil assinava o Tratado de Itaipu com o Paraguai dando inicio à gigantesca obra de uma das maiores usinas hidroelétrica, com forte participação alemã nas turbinas e nos geradores. Foi o ano onde se introduziu a TV em cores no Brasil. A Transamazônica, a Ponte Rio Niterói entre outras obras, tiveram seu inicio.

A Comissão Mista,  era constituída pelo lado alemão de um empresário, indicado pela BDI, Bundesverband der Deutschen Industrie, e co- secretariado pelo Ministério da Economia da Alemanha, enquanto no Brasil a representação se fazia pelo Itamaraty. Os diálogos que se estendiam tinham interlocutores diferentes o que não contribuía para entendimentos mais substanciais.

As reuniões ocorriam nas capitais dos países em Bonn e em Brasília, alternadamente. Em 1973 por iniciativa empresarial ocorrera o Primeiro Encontro Empresarial Brasil Alemanha antes da Comissão Mista. Era a ideia de conjugar os interesses empresariais brasileiros e alemães para construírem pautas comuns frente a seus próprios governos. Estes encontros eram informais, sendo que no segundo Encontro Econômico em 1974, já no Governo Ernesto Geisel, houve um destaque pela participação de Karlos Heinz Rischbieter, então Presidente da Caixa Econômica, posteriormente Presidente do Banco Central, onde apresentara um trabalho memorável, “ Desenvolver o Brasil; um desafio não só para brasileiros “. Karlos Rischbieter, paranaense, de origem alemã, convicto de que o papel do empresariado era fundamental na evolução das relações econômicas, iniciou assim um dialogo de construtivo governo-empresa de nova envergadura. Em 1971  Alemanha teve uma iniciativa de promover uma grande exposição industrial tecnológica no Ibirapuera em São Paulo, capitaneada pelo empresário Gerhard Kienbaum, que ao mesmo tempo ainda era Presidente da Comissão Econômica do Parlamento alemão. Vinham com ele, na delegação uma serie de empresários de médio porte que viam no Brasil a possibilidade de atender um mercado em forte expansão. Em São Paulo, na época a Câmara de Industria e Comercio Brasil Alemanha, com a Presidência de Ernst Günther Lipkau, Presidente do Dresdner Bank e Cotinco, acolhia as empresas para serem instaladas no Brasil. Kienbaum, mesmo com a resistência de Lipkau, por serem competidores na área de consultoria, instalou sua empresa no Brasil. Ambos tiveram nesta historia uma grande influencia nas relações econômicas e se respeitavam muito. Marcus Vinicius Pratini de Moraes, o mais jovem Ministro do Brasil inaugurara a exposição.

Em 1974, Rischbieter mostrara o que seria possível fazer numa pauta construtiva. Em 30 de dezembro de 1975 a Alemanha e o Brasil ratificavam o Acordo de Bitributação, negociado por vários anos.

Mas as organizações empresariais tiveram dificuldades em trazer este dialogo para  um dialogo sistematizado. Foi então a iniciativa de VARIG Airlines, que dera um passo decisivo. O diretor para a Europa da VARIG, Finn B. Larsen, que era um dinamarquês que já fora Ministro de Transportes daquele pais, e fascinado pelo Brasil, organizara por conta da VARIG um Encontro Econômico em Stuttgart. A resposta fora boa, mas lhe faltava a concepção e a organização. Nisto entra Gerhard Kienbaum de novo na historia, que em Düsseldorf, no ano seguinte, organizara e desenvolvia os Encontros Econômicos com painéis temáticos, setoriais e de management. O sucesso fora enorme, um extensa documentação dos panelistas e apresentadores, eram distribuídos pela equipe da VARIG no Brasil e na Alemanha  divulgando, as potencialidades e os riscos dos dois países. Em 1978, se realizava o 4. Encontro Econômico Brasil Alemanha, com personalidades como Hans Ulrich Klose, Rodenstock, Kostal, Matter, Meister, Oellers, Rischbieter, Vervuert, Plöger, Sauer, Herman Abs, Lipkau, Mangels, Harbich, Fayet, entre outros, nomes que surgiriam como empreendedores e ate hoje se encontram seus rastros nas empresas e instituições que comandavam.

Um grande marco foi a escolha do Brasil, como parceiro na Hannover Messe concomitante com o Encontro Econômico em Hamburgo. Entram em cena três grandes protagonistas desta relação, Constantino Bäumle, que até hoje representa a Hannover Messe no Brasil, Peter Thürbach Vice Presidente da Kienbaum e Werner Berghaus, sucessor de Finn Larsen na VARIG. O protagonismo destas três pessoas fez com que houvesse uma passagem harmônica dos Encontros Econômicos com a Comissão Mista e as grandes Feiras alemãs.

Os Encontros Econômicos Brasil Alemanha da VARIG não estavam lincados à Comissão Mista Brasil Alemanha. Tornaram-se um elemento muito forte de dialogo, enquanto a Comissão Mista iniciava um processo de muro de lamentações, por conta da crise energética, da desaceleração da economia brasileira, e das tenções leste oeste europeu. O 6. Encontro Econômico Brasil Alemanha patrocinado pela VARIG se deu pela primeira vez no Brasil, em outubro de 1981, em Porto Alegre, e também fora o último patrocinado pela VARIG.  Hélio Smidt, Wolfgang Sauer, Paulo N Batista, Jorge J. Gerdau, H. Heydebreck, Nestor Jost, Kleybold, Kienbaum, Paulo T. Flexa de Lima, Pratini de Moraes, J. Camilo Penna, H. Prayon, Sergio Schapke, H. Schwab, Olavo Setubal, A. Plöger, Claudio Strassburger, J. Amaral de Souza, Berghaus, Thurbach, Hans P Stihl, Paulo Villares, H.Vervuert, K. Wilms, Ingo Zadrozny entre outros.

A década de 80 já apresentava seus sinais da democratização do Brasil e de uma década repleta de problemas, com alta inflacionaria, e o fim do milagre brasileiro. Na Alemanha a distensão Leste-Oeste apontava de um lado para um recrudescimento das relações desembocando na reunificação.

De 1982 em diante, as Comissões Mistas Brasil Alemanha se tornaram bastante tensas em função de protecionismos de ambos os lados. O Brasil no combate à inflação inventava a cada ano um plano mais mirabolante que o outro e a Alemanha recrudescia pela Mercado Comum Europeu as restrições de entradas de produtos agrícolas do Brasil. A Comissão se tornara um grande muro de lamentações recíprocas. O lado empresarial alemão não encontrava um interlocutor similar do lado brasileiro, razão pela qual em Brasília pela primeira vez se realizava uma reunião entre a CNI, o BDI e as Câmaras para pautarem assuntos de comum interesse antes da Comissão Mista. Com a bem sucedida experiência dos Encontros Econômicos Brasil Alemanha patrocinados pela VARIG, o então Presidente da Câmara, Hans Georg von Heydebreck, havia solicitado à mim que tentasse reorganizar os Encontros Econômicos, desta vez antes das Comissões Mistas. A partir daí lança-se o trabalho conjunto entre a CNI e a BDI com o apoio da Câmara Alemã no Brasil os Encontros Econômicos Brasil Alemanha, hoje sob o codinome de EEBA no Brasil, na Alemanha Deutsch Brasilianische Wirtschaftstage, DBWT.

Estes encontros se realizavam alternadamente entre Brasília e Bonn antecipando os da Comissão Mista. Em 1991 um outro marco de alta relevância para este tipo de institucionalização foi a do diplomata brasileiro, Embaixador Francisco de Paula Nogueira Junqueira, seguido depois pelo muito ativo Embaixador Marcelo Jardim,  que no âmbito da abertura brasileira, convidara pela primeira vez dois empresários brasileiros a integrarem a Comissão Mista: Hermann Wever, então Presidente das Câmaras Brasil Alemanha, e Presidente da Siemens,  e Carlos Mandelli Presidente da FIERGS, representando a CNI. Eram observadores, e podiam relatar as deliberações do dia anterior do Encontro Econômico. Esta ação foi um marco dentro do próprio Itamaraty. Hoje a Comissão Mista pelo lado brasileiro, comporta 10 a 12 empresários brasileiros, que tem voz ativa e são confirmados através de um decreto presidencial. É a única Comissão Mista do Brasil nestes moldes, e segundo a diplomacia brasileira e alemã é a que melhor funciona e opera por tantos anos. Vários outros países fazem referencia a este modelo, que deu certo, tentando operacionalizá-lo. A evolução deste modelo se deu anos depois deste marco em 1991, quando se incorporou o Encontro Econômico na Comissão Mista. Hoje a abertura do Encontro Econômico e da Comissão Mista se dá concomitantemente, fazendo com que as Comissões como a do Agronegócio, Pequenas e Medias Empresas, Inovação etc, já esteja incorporadas na Comissão aumentando enormemente a eficácia dos trabalhos, que não se resumem mais à reunião anual, mas especificamente aos trabalhos durante este período. A partir desta data não se fixaram mais as reuniões nas capitais, mas as Federações organizavam as mesmas nas mais diferentes cidades brasileiras e alemãs, proporcionando aos partícipes conhecerem melhor seu parceiro estratégico.

A Câmara Brasil Alemanha instituiu sob a iniciativa do então Vice Presidente Klaus Behrens, o Premio Personalidade Brasil Alemanha, um “ Oscar “ das relações. Através de personalidades que se destacaram pela sua atuação não só empresarial, mas nos campos de integração social, cultural e ambiental, destacam-se pessoas exemplares neste trabalho e nesta dedicação. O primeiro Premio foi consagrado a Berthold Beitz da Bosch e do então Presidente da Vale, Eliezer Batista.

Dos Encontros Econômicos saíram varias outras iniciativas muito relevantes, assim em 1998, no Rio de Janeiro, por iniciativa do então Embaixador Roberto Abdenur, empresários como Roberto Teixeira da Costa e Jurgen Strube foram incentivados a trabalhar num dialogo União Europeia Mercosul, formando o Mercosul European Business Forum, que deu substancia muito intensiva para um acordo bi regional. Os três foram agraciados pelo Premio Personalidade Brasil Alemanha, anos depois.

Como “ veterano” destas relações, porque iniciei com Gerhard Kienbaum em 1978, e ate hoje vinculado ao trabalho voluntario destas instituições, presenciei momentos incríveis, mas também de frustrações. Entre os pontos altos, foram as participações do Presidente Lula por varias vezes nos Encontros, e vendo centenas de empresários aplaudindo ele de pé. Fernando Henrique Cardoso em Berlim, na Premio Personalidade a Wolfgang Sauer e Heydebreck, visitando depois a Expo 2000, abrindo a mesma com Gerhard Schröder. O Brasil se representou de maneira magnífica na maior exposição de meio ano em Hannover onde a Câmara Brasil Alemanha incorporou, como sendo a única Camara Alemã a relação centenária entre os países. O último Encontro Ecconomico em São Paulo em 2013, com a abertura do Ano Brasil-Alemenha com a presença da presidente Dilma Rousseff e do Presidente da Alemanha Gauck. Pontos baixos foi a denuncia por parte da Alemanha do Acordo de Bitributação Brasil Alemanha em 2006, que funcionara muito bem durante décadas, favorecendo a instalação de Pequenas e Medias Empresas e o intercambio de experts brasileiros para a Alemanha e de professores alemães ao Brasil. Até hoje não se conseguiu retomar estas negociações, sendo o Brasil o único pais dos BRICS que não possui um acordo de bitributação com a Alemanha, causando grande dano ao incentivo das PMEs e para o intercambio de pessoas. Espero um dia ainda comemorar a retomada de um bom acordo. O mesmo se da com o Acordo Mercosul e União Europeia que estava prestes a ser acordado em outubro de 2004 em Lisboa, quando então o negociadores,  pela EU Pascal Lami, e pelo Mercosul Celso Amorim, não puderam superar pequenas diferenças ( de mais de 9000 itens estavam somente 6 na mesa de negociação) para fecharem o acordo.

Mas algumas historias pitorescas também ocorreram. Lembro-me como se fosse ontem, quando o lado empresarial negociava na noite anterior intensamente os protocolos a serem assinados no dia seguinte; o lado alemão insistiu em colocar uma frase muito rebatida pelo lado brasileiro, que o superávit comercial do Brasil junto à Alemanha, significava a ajuda que a Alemanha dava ao desenvolvimento brasileiro. Muita discussão e briga, mas não conseguimos, tirar esta frase do protocolo. Anos depois a situação se invertera, a Alemanha tinha um superávit comercial, e quando numa outra disputa sobre acesso a mercado, o lado brasileiro tinha que engolir um poisen pill, não deixou dúvida em recolocar que segundo a própria definição da Alemanha, que o superávit comercial alemão significava a contribuição brasileira para o desenvolvimento alemão. O poisen pill foi retirado… Helmut Schmidt visitara S. Paulo e a Câmara. Solicitamos a ele se pudesse designar um Ministro para estar na Comissão Mista. Como não havíamos especificado o que era a Comissão Mista, no seu jeito diretíssimo, perguntou …só não entendi quem mistura o que com quem…seguido de uma hilariante plateia.

Agora fazem mais de 40 anos mais de encontros do que desencontros e o saldo é substancialmente positivo. As relações econômicas, comerciais, de tecnologia e inovação, institucionais levaram a ambos os países a se respeitarem profundamente e a terem um tecidos denso de relações e na maioria das vezes interpessoais sobre o qual se projeta um grande futuro. Personalidades, pessoas e instituições fizeram este relacionamento que hoje é considerado o melhor entre países amigos pela perseverança empresarial e pelo idealismo de muitos colaboradores que nem sempre aparecem na luz de ribalta. A lista destes cresce a cada ano e me considero uma pessoa altamente privilegiada de poder ter participado deste processo e ter criado grandes amizades com todos aqueles que sempre contribuiram para o bem das duas nações. Como diz um ditado alemão:  sempre nos encontramos mais de uma vez na vida, é o que os Encontros proporcionam!

Ingo Plöger, brasileiro, empresário, acionista da Melhoramentos, empresa fundada por seus avos alemães há mais de 120 anos. Foi Presidente da Câmaras, Co Chairman do Mercosul European Business Forum, Presidente do Conselho Empresarial da America Latina, e Presidente de sua empresa IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional.

Histórico do Encontro Econômico Brasil-Alemanha

1974 – Brasília
1975 – Bonn/Köln
1976 – Stuttgart
1977 – Bonn
1978 – Brasília
1979 – Bonn
1980 – Brasília
1981 – Hamburgo
1982 – Brasília
1983 – Bonn
1984 – Brasília
1985 – Bonn/Köln
1986 – Brasília
1987 – München
1988 – Brasília
1089 – Bonn/Köln
1990 – Brasília
1991 – Berlim
1992 – Porto Alegre
1993 – Leipzig
1994 – Florianópolis
1995 – São Paulo
1996 – Dresden
1997 – Rio de Janeiro
1998 – München
1999 – Belo Horizonte
2000 – Potsdam
2001 – Curitiba
2002 – Hamburgo
2003 – Goiânia
2004 – Stuttgart
2005 – Fortaleza
2006 – Berlim
2007 – Blumenau
2008 – Colônia
2009 – Vitória
2010 – Munique
2011 – Rio de Janeiro
2012 – Frankfurt
2013 – São Paulo
2014 – Hamburgo

Encontros Econômicos Brasil Alemanha EEBA CNI – BDI

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Encontro Econômico Brasil – Alemanha 2018

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Encontro Econômico Brasil-Alemanha | EEBA 2017

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